Praia do Futuro

Sem lugar a dúvida o lugar para ir à praia em Fortaleza. Distante 8 km. do centro, oferece ao visitante vários quilômetros de praias de águas totalmente despoluídas, assim como um bom número de restaurantes típicos, chamados "barracas de praia", em cuja construção é utilizada a palha de carnaúba. A vizinhança, entretanto, é deprimente: prédios abandonados, hotéis falidos, favelas, mas a área de praia em si é muito boa. A Prefeitura local deveria melhorar a coleta de lixo, que com o calor decompõe e deixa o ar irrespirável em alguns dias. Entretanto, nas barracas você não vai perceber nada, devido à deliciosa brisa do mar.

A Av. Santos Dumont, uma das vias de acesso à Praia do Futuro. Ao fundo, Fortaleza

A Av. Santos Dumont, olhando para a Praia do Futuro, que está logo ali, após a descida (cuidado com o radar após a curva)

A vizinhança

Praia do Futuro, vista da Av. Santos Dumont

Só como referência, ir de Táxi da Beira Mar até a Praia do Futuro custa entre R$ 12,00 e R$ 15,00 (Janeiro, 1999). Geralmente há táxis estacionados nas principais barracas que levarão você de volta ao seu hotel.

Você vai à Praia do Futuro comer caranguejo, acompanhado de uma cervejinha bem gelada. Ponto final. Todo mundo come caranguejo. Se nunca comeu, peça ao garçom uma dica. Vai se sujar todo, mas todas as barracas têm chuveiros onde tomar uma refrescante ducha e ficar novinho em folha. Nas principais barracas o caranguejo em si não varia muito; o segredo está no molho.

O mar, dependendo do dia, é muito bravo. Na maré alta ondas muito fortes representam um perigo razoável; prefira barracas com salva-vida. Segundo o jornal "O Povo" de 8 de janeiro de 1999, "Dez pessoas morreram afogadas nas praias de Fortaleza e próximas da Capital na primeira semana de 1.999. A Praia do Futuro é uma das mais perigosas devido à existência de muitas valas e fortes correntezas". Entretanto, na maré baixa formam-se piscinas naturais na areia onde a criançada pode brincar -sem qualquer sinal de perigo- à vontade. Buggies e outros veículos são proibidos de transitar pela areia, e a proibição é cumprida, pelo que a praia é segura nesse aspecto. Os surfistas fazem questão de praticar seu esporte preferido bem no meio dos banhistas, apesar de existirem quilômetros de mar totalmente livres de pessoas. Muito cuidado com as pranchas. Reclamar? Nem sonhe, ninguém vai fazer nada.

A última novidade do verão 99 é o Jet Bronze, uma aplicação de uma substância hidratante -vendida numas barraquinhas amarelas, instaladas perto do mar- que ajuda o bronzeamento -segundo os próprios comerciantes. A aplicação custa R$ 3,00 para uma pessoa e R$ 5,00 para duas pessoas. Fator de proteção? Esqueça. Segundo o comerciante, não precisa de FPS já que a substância hidrata, e pele hidratada não queima com o sol (?). Esta substância, com fortíssimo cheiro de coco, é aplicada em menos de um minuto com um spray a pressão.

Escolha com sabedoria

Segundo reportagem publicada no Diário do Nordeste, página 14, Terça Feira 29 de Dezembro de 1998, sob o título "Clientes sofrem com banheiros das praias." as condições higiênicas da maioria dos locais são lamentáveis. A reportagem diz: "Banheiros pequenos, sanitários entupidos, falta de papel higiênico e água acumulada no chão. Este é o retrato da maioria dos banheiros disponíveis ao público nas barracas da avenida Beira Mar. Na Praia do Futuro a realidade não é diferente. Somente com algumas exceções é possível encontrar um banheiro limpo, com papel higiênico e pia para lavas as mãos. A predominância é de muita sujeira, falta de higiene e estado de abandono dos locais. Devido ao mau cheiro e a falta de higiene, muitas pessoas acabam não utilizando os banheiros das barracas". Não vá em qualquer barraca. O preço do caranguejo, em algumas barracas, pode até ser tentador, mas a realidade da barraca pode ser nefasta: doenças de pele, micose ou "bicho-do-pé" são comuns.

Matando o tempo na barraca

O desfile de personagens é constante. Artesões oferecem todo tipo de mercadoria: chapéus, colares, pulseiras, camisetas, vestidos, cangas, biquínis feitos de côco, redes e uma infinidade de itens. Vendedores de cigarros, bronzeador, sorvetes, chapéus, óculos, empadas, camarão frito, lagosta, amendoim, castanha de cajú, sorvetes, sanduíches naturais, pitomba, sirigüela (frutas regionais), livros com histórias infantis e outros itens garantem um variado suprimento de produtos. Após algumas horas de praia chega a ser cansativo. Até um "Livro dos Cornos", cujo título é "Corno também é Gente", é oferecido (foto) por um rapaz vestido à caráter e com crachá de Corno! Vários mendigos aproveitam para exercer sua atividade. Os "repentistas" oferecem seus serviços. Como é que é ? Não sabe o que são os repentistas? Clique aqui que a gente explica

As principais barracas de praia

Algumas, e talvez as principais, barracas de praia são: